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Bonum est diffusivum sui

O desenvolvimento humano através da Ética das Virtudes

O desenvolvimento humano através da Ética das Virtudes

A relativização da verdade e a rejeição dos valores universais como critérios seguros para a tomada de decisão trouxeram para o homem moderno um sério prejuízo na orientação e condução do seu projeto de vida. Influenciado pelo liberalismo em sua metafísica materialista, este homem, ao renunciar ao seu fim último mais elevado e transcendente, conformou-se em aceitar o bem intermediário, quando não o falso, como algo que pudesse lhe dar satisfação.

O resultado é o que vemos em nossa sociedade: pessoas confusas e frustradas com suas opções e conquistas, pessoas que, ao não verem atendidos os seus mais legítimos anseios da alma, encharcam o corpo e a mente de ações e ideias tóxicas que mais deprimem do que elevam o ser.

O medo ao compromisso não só afastou o homem de sua realização como o limitou em seu desenvolvimento pessoal, criando uma espécie de hipersensibilidade ao ambiente e às circunstâncias da vida, deixando-o à mercê de suas paixões instintivas e dos seus afetos.

“O falseamento da imagem do homem pelo liberalismo trouxe sérios prejuízos ao desenvolvimento das virtudes. Mas sem dúvida, este prejuízo se fez sentir mais nas virtudes da fortaleza e da temperança.”

Tanto as nossas paixões como os nossos afetos são potências amorais que, se bem orientadas por uma vontade firme e bem esclarecida, podem fortalecer e animar a pessoa na busca dos seus grandes ideais. Essa força e esse ânimo se constituem nos fundamentos de uma vida virtuosa que, embora árdua, oferece recompensa.

A sociedade moderna e a sua ética do bem-estar, tirando do homem a necessidade de exigir-se em sua formação, limitaram-no, quanto à conquista do bem, ao aparente e imediato, condenando-o a um individualismo despersonalizado no qual nenhum sucesso material pode compensar.

Se o tempo presente nos dificulta as respostas, temos a possibilidade de olhar para trás, para este magnífico tesouro que nos foi legado pela nossa tradicional cultura ocidental com seus valores e princípios cristãos. Ela está baseada na atitude de sair de si para poder enxergar e desejar o Sumo Bem, fazendo já desta vida uma experiência proveitosa e digna de paz.

Tanto o pensamento clássico grego no estudo das virtudes como o da moral no pensamento de Tomás de Aquino constituem verdadeiras pérolas deste tesouro cultural que temos à nossa disposição quando se busca a felicidade eterna como fim sublime de nossa existência humana.

“A prudência vê a ordem em sua universalidade, a justiça vê a ordem no relacionamento com os demais, a fortaleza vê a ordem do bem superior que se quer conquistar, e a temperança vê a ordem interior.”

Ao afirmar que a virtude humana é um hábito, Tomás de Aquino relaciona o agir consciente do homem com a sua realização. Ao desenvolver determinada qualidade, a virtude acaba por influenciar não só aquela potência de que era objeto a ação, mas muitas outras potências latentes na pessoa, transformando o sujeito da ação, a cada passo do seu agir consciente, em alguém melhor.

“A virtude designa certa perfeição da potência. Mas a perfeição de uma coisa é considerada, principalmente, em ordem do seu fim. Ora, o fim da potência é o ato. Portanto, a potência será perfeita na medida em que é determinada por seu ato. As potências racionais próprias do homem não são determinadas a uma coisa só, antes se prestam, indeterminadamente, a muitas coisas. Ora, é pelos hábitos que elas se determinam aos atos. Por isso as virtudes humanas são hábitos.” (1)

O mesmo Tomás de Aquino propõe o estudo das virtudes a partir de quatro virtudes fundamentais: prudência, justiça, fortaleza e temperança.

“O número de determinadas coisas pode ser estabelecido ou pelos princípios formais ou pelos sujeitos. Em ambos os casos, temos quatro virtudes cardeais, porque o princípio formal da virtude aqui considerada é o bem da razão, que pode ser considerado sob duplo aspecto: ou enquanto consiste na própria consideração da razão e se terá então uma virtude principal, que se chama prudência. – Ou enquanto se afirma a ordem da razão em relação com alguma coisa. E isso será ou quanto às ações e se terá então a justiça; ou quanto às paixões e, nesse caso, é preciso que haja duas virtudes, pois para afirmar a ordem da razão nas paixões é necessário levar em conta a oposição delas à razão. Essa oposição pode se dar de duas formas: primeiro, quando a paixão impele a algo contrário à razão e aí é preciso que a paixão seja controlada, o que chamamos de temperança; segundo, quando a paixão nos afasta das normas da razão, como o temor do perigo ou do sofrimento e, nesse caso, devemos nos firmar, inarredavelmente, no que é racional e a isso se dá o nome de fortaleza. Também em relação com os sujeitos chegamos, igualmente, ao mesmo número, pois são quatro os sujeitos da virtude de que estamos falando aqui, a saber: o racional por essência, que a prudência aperfeiçoa, e o racional por participação, que se divide em três, ou seja, a vontade, sujeito da justiça; o apetite concupiscível, sujeito da temperança e o irascível, sujeito da fortaleza.” (2)

Estas quatro virtudes, segundo Adolph Tanquerey (3),

“aperfeiçoam todas as nossas potências morais: o entendimento é regulado pela prudência; a vontade pela justiça; o apetite irascível pela fortaleza; e o apetite concupiscível pela temperança.”

Prudência

Joseph Pieper situa a prudência como a primeira das virtudes e aquela que dá forma a todas as outras, ou seja, não há virtude sem a prudência. Postula que se o bem pressupõe a verdade e a verdade o ser, a realização do bem exige um conhecimento da verdade. Este saber não é o que dá a ciência, mas se refere ao contato efetivo com a realidade objetiva. O homem prudente é aquele que contempla a realidade objetiva das coisas e ao mesmo tempo o que quer e o que faz.

Só a prudência aperfeiçoa a retidão impulsiva e instintiva do agir, as disposições naturalmente boas, para elevar-se ao grau de autêntica virtude. Enfatiza, no entanto, que a prudência não aponta diretamente aos últimos fins da vida humana, mas às vias que conduzem a tais fins. Na sua ação percorre três graus distintos e interligados: a deliberação, o juízo e a execução.

Segundo Tanquerey,

a prudência é a virtude que inclina o nosso entendimento a eleger, em todas as ocasiões, os meios mais apropriados para nossos fins, subordinando estes a nosso último fim.” (4)

Destaca também três condições necessárias para o agir prudente: deliberar com maturidade, decidir com sabedoria e executar adequadamente.

A deliberação deverá ter em conta o passado, o presente, o futuro e também a possibilidade de consulta à pessoas mais experimentadas na ação específica. Na decisão devem ser deixados de lado as paixões, as imprecisões, e os possíveis prejuízos como elementos perturbadores, examinando a fundo as razões que nos inclinam a uma ou outra parte, decidindo por fim, sem vacilações excessivas.

Na execução não se deve retardar o que foi decidido e ter em conta os elementos de previsão para pôr o esforço proporcional à ação, considerando as pessoas e coisas que serão afetadas pela ação e tomando as devidas precauções para as possíveis falhas.

Justiça

Por sua vez, a virtude da justiça é para Pieper “a capacidade de viver na verdade com o próximo.” (5) É o que corresponde ao princípio de dar a cada um o que lhe é devido. Este princípio segundo Pieper, “significa que a justiça pressupõe o direito.” (6)

Nessa concepção, o salário de um trabalhador é um direito que se adquire pelo bem realizado, um direito que uma vez adquirido, implica na necessidade de justiça entre as partes. Para a atividade laboral, a questão de geração de direito e necessidade de justiça se apresenta simples. No entanto, quando se trata da pessoa em si, do respeito que lhe é devido, esta questão se mostra muito mais complexa e profunda.

Mas muito além dos dispositivos previstos em contratos, pactos, disposições legais e outros meios semelhantes, deve-se ter em conta a própria natureza do homem que reclama por si só estes direitos. Só na medida em que esta natureza for compreendida em toda a sua dignidade, e na medida em que houver o entendimento pleno do que seja a pessoa humana, é que a sua condição a situará como sujeito de direitos e merecedora de justiça. A ação própria da virtude da justiça se constitui, portanto, em ordenar o homem na sua relação com o seu semelhante.

Para Tanquerey,

“a virtude da justiça põe a ordem e a paz tanto na vida individual como na social. Sem ela haveria a anarquia, a luta entre os opostos interesses, a opressão dos débeis pelos fortes, e o triunfo do mal.” (7)

A ordem e a paz individual referem-se ao esclarecimento dos bens e fins buscados pelo homem, e do seu esclarecimento o ordenamento adequado para que o inferior não se sobreponha ao superior.

Se a pessoa só vê a si, só se interessa pelo que lhe é próprio, não está atuando em prejuízo só do outro, mas também de si mesma na medida em que fere um princípio que lhe é superior: a dignidade da pessoa e o bem comum do qual ela própria depende.

E, na medida em que se desprende de si mesma, de suas próprias necessidades elementares, não só faz o bem ao outro como atualiza as suas potências mais elevadas.

“a busca pelo bem fácil não só confunde, como também frustra o homem”

A estabilidade do relacionamento não se constrói, portanto, na sustentação de uma tensão entre pessoas, mas na visão e atuação de acordo com a dignidade da outra pessoa. Quanto maior for o interesse pelo bem do outro, maior será a satisfação alcançado para si mesmo.

As interpretações falsas ou defeituosas da realidade do ser conduzem por necessidade interna ao estabelecimento de fins falsos e à formação de ideais não autênticos. Pois assim como não há dever que não tenha seu fundamento no ser, assim também as imagens normativas do agir fundem todas as suas raízes no conhecimento da realidade. (8)

Fortaleza

O falseamento da imagem do homem pelo liberalismo trouxe sérios prejuízos ao desenvolvimento das virtudes. Mas sem dúvida, este prejuízo se fez sentir mais nas virtudes da fortaleza e da temperança. Cego pelo pensamento burguês consumista e materialista, o homem não é capaz de conhecer a verdade mais fundamental do seu ser. Em seu aburguesamento metafísico, entrega-se angustiado ao afã de segurança, na falsa pretensão de ver-se livre das exigências da fortaleza.

A fortaleza é a virtude do bem árduo que se defronta com um mundo que busca o bem fácil, este é o dilema que sofrem as pessoas malformadas ou desinteressadas do verdadeiro bem.

Ser forte ou valente não significa senão isto: poder ferir-se. Se o homem pode ser forte, é porque é essencialmente vulnerável. (…) Por ferir-se, se entende toda agressão contrária à vontade, que possa sofrer a integridade natural, toda lesão do ser que descansa em si mesmo, tudo aquilo que, acontecendo conosco, sucede contrário à nossa vontade. Em suma: tudo quanto é de alguma maneira negativo, tudo que acarrete dano e dor, tudo o que inquiete e oprima.” (9)

A sociedade moderna é pródiga em oferecer bens que tornam a vida mais cômoda. O equívoco está em não separar as exigências da alma das exigências do corpo.

“O corpo humano tem um caráter sistêmico, porque todos seus elementos estão funcionalmente relacionados.” (10)

Assim não se pode separar a voz da palavra, o que se fala do que se quer dizer. Muitas correntes de pensamento caíram em erro ao separar esta dupla manifestação de um mesmo ser.

Converteram a dualidade, uma realidade presente em nossa vida – dia e noite, vida e morte – em dualismo, sugerindo um antagonismo entre ambas. Deste erro surge o equívoco cartesiano de distinguir uma substância pensante de outra material como realidades separadas. Desde a Grécia antiga este pensamento equivocado já existia, ao considerar o corpo como tumba da alma, a qual estaria como prisioneira do corpo.

Outra concepção equivocada é o materialismo, onde qualquer emoção ou pensamento não seria mais do que uma determinada reação bioquímica dos neurônios, um estado da matéria.

“Esta visão dualista nos apresenta um homem dividido em duas metades irreconciliáveis (dualismo pitagórico ou cartesiano), ou um homem unilateral (materialismo científico).” (11)

Estas interpretações falsas ou defeituosas da realidade, como afirma Pieper, conduzem a fins falsos, e a busca pelo bem fácil não só confunde, como também frustra o homem. É importante ter claro o conceito tanto do corpo como da alma para que o homem possa conhecer sua natureza e, por consequência, lutar com força pelos seus fins.

“A noção de alma na tradição aristotélica e em parte da filosofia analítica, não é dualista. Nela, a alma é um conceito fundamentalmente biológico, pois designa o que constitui a um organismo vivo como tal, diferenciando-o dos seres inertes, inanimados ou mortos. (…) A alma não se opõe ao corpo. Acontece que o ser vivo tem duas dimensões: uma matéria orgânica e um princípio vital que organiza e vivifica esta matéria. Esse principio vital, aquele pelo qual um ser vivo está vivo, é a alma.” (12)

Tanquerey define a virtude da fortaleza como

“força de caráter ou virilidade que dá força à alma para perseguir o bem árduo, sem deter-se por medo, nem mesmo pelo temor da morte.” (13)

Destaca como objeto desta virtude reprimir os movimentos de temor que tendem a paralisar nossos esforços para o bem, e moderar a audácia para não degenerar em temeridade. Seus atos se reduzem basicamente em enfrentar e sustentar.

O homem forte é aquele que vai à frente, é decidido, tem valor e é constante na sua busca. É o soldado que avança no campo de batalha sem temer o fogo inimigo. Por outro lado, é aquele que sabe suportar com paciência e mansidão as dificuldades, sem desesperar ou desanimar na batalha quando as coisas não lhe correm bem. São duas faces de um mesmo esforço, ora progredindo, ora sustentando o bem conquistado.

A capacidade de suportar a dor, de ferir-se, não é o fim último da virtude da fortaleza. Mais do que um estoicismo é a busca de um bem maior. Como é característico de uma virtude fundamental, promove outras em sua atuação. No caso da fortaleza, está a magnanimidade, a audácia, a valentia, a paciência, a constância, a perseverança, a persistência, e muitas outras que vão se desenvolvendo e sustentando o progresso da via virtuosa.

Temperança

A virtude da temperança assim como a da fortaleza, corre o risco de ter seu significado diminuído ou mal-entendido no mundo de hoje. Por temperança ou moderação imagina-se uma restrição à quantidade, ou contenção à ira ou a qualquer exaltação. Esta visão dá uma conotação negativa à virtude limitando-a erroneamente à ideia dos limites.

O vocábulo latino temperare tanto dá origem ao termo da temperança como ao do temperamento, ou da temperatura, significando muito mais uma reta proporção, uma adequada estrutura ou um ordenamento de sentido, do que uma mera restrição.

“A temperança tem um sentido e uma finalidade que é fazer ordem no interior do homem. Dessa ordem, e somente dela, brotará a tranqüilidade de espírito. Temperança quer dizer, por conseguinte, realizar a ordem no próprio eu.” (14).

Um conceito muito mais amplo e profundo, portanto, do que a mera medida ou restrição de algo.

O que distingue a virtude da temperança das demais virtudes fundamentais é que ela opera exclusivamente no sujeito atuante. A prudência vê a ordem em sua universalidade, a justiça vê a ordem do relacionamento com os demais, a fortaleza vê a ordem do bem superior que se quer conquistar, e a temperança vê a ordem interior.

“A virtude da temperança não busca restringir ou limitar a liberdade de escolha, mas permite escolher aquilo que sua reta razão lhe propõe, exercendo aquilo que lhe é próprio e lhe proporciona o maior bem.”

Agir com temperança é agir sobre si, sobre o próprio interior. O homem tanto pode agir sobre si de forma egoísta como desprendida. Seu egoísmo se manifesta tanto pela falta de sobriedade nos deleites do corpo como na ostentação de uma falsa imagem de si provocada pela soberba. O egoísmo e a soberba rebaixam a pessoa, o desprendimento a liberta e eleva.

O homem como qualquer ser vivo possui inclinações ou apetites que o estimulam ao bem que lhe é próprio. Estas inclinações podem ser sensíveis ou intelectuais, sendo a intelectual satisfeita através da razão prática e da vontade. As inclinações sensíveis manifestam-se através dos desejos e dos impulsos que visam satisfazer aos impulsos sensíveis da nutrição e reprodução. Se o objeto está no presente imediato a sensibilidade se manifesta pelo desejo ou apetite concupiscível, se o objeto está no passado ou futuro a sensibilidade se manifesta como impulso ou apetite irascível.

O desejo ou a busca do bem imediato pode originar um impulso, ou a busca de um bem futuro, e isto só é possível ao homem porque possui inclinações mais elevadas, intelectuais, que o fazem impor sua vontade sobre o bem esclarecido, mesmo que este seja árduo ou futuro. Quando o homem se submete à temperança, controla os seus apetites e, com domínio de si, habilita-se a alcançar as suas maiores aspirações.

A virtude da temperança não busca restringir ou limitar a liberdade de escolha, mas permite escolher aquilo que sua reta razão lhe propõe, exercendo aquilo que lhe é próprio e lhe proporciona o maior bem. Este agir consciente e firme, contribui de maneira decisiva para a sua afirmação como ser digno de mais.

Através do esforço consciente em crescer como pessoa pelo exercício das virtudes, e ao entrar em contato com o mundo real e concreto em que se encontra, o homem transforma-se naquilo que foi chamado a ser, dando plenitude ao seu caráter transcendente. 

O agir consciente confere à pessoa uma identidade ao mesmo tempo que a dota de uma subjetividade, permitindo diferenciar-se dos outros seres humanos, constituindo assim a sua individualidade.


NOTAS:

[1] AQUINO, T. Suma Teológica, 2 ed. São Paulo: Loyola, 2010, Vol. 4, Iª seção, IIª parte, q. 55.

[2] Ibidem, q. 61.

[3] TANQUEREY, A. Compendio de teologia ascética e mística. 2. ed. Madri: Palabra, 1996, p. 538.

[4] Ibidem, p. 540.

[5] PIEPER, J. Las virtudes fundamentales. 7. ed. Madri: Rialp, 2001, p. 18.

[6] Ibidem, p. 89.

[7] TANQUEREY, A. Compendio de teologia ascética e mística. 2. ed. Madri: Palabra, 1996, p. 550.

[8] PIEPER, J. Las virtudes fundamentales. 7. ed. Madri: Rialp, 2001, p. 175.

[9] Ibidem, p. 184.

[10] STORK, R. Y.; ECHEVARRIA, J. A. Fundamentos de antropologia. 5. ed. Pamplona: Eunsa, 2001, p. 26.

[11] Ibidem, p. 28.

[12] Ibidem, p. 29.

[13] TANQUEREY, A. Compendio de teologia ascética e mística. 2. ed. Madri: Palabra, 1996, p. 569.

[14] PIEPER, J. Las virtudes fundamentales. 7. ed. Madri: Rialp, 2001, p. 225.

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